Sérgio Lucas, juiz e cantor: “A boa música é poesia com regras próprias”

Entrevsita do magistrado Sérgio Lucas para o portal JLPOLÍTICA.
Leia entrevista cklicando no link abaixo:
Sérgio Lucas é um dos reconhecidos compositores da música brasileira feita em Sergipe, um bom e rigoroso intérprete de si mesmo no que faz na linha do forró - xaxados, xotes, baiões, toadas - e um juiz do Judiciário do Estado de Sergipe com 26 anos de carreira e uma prestação de serviços sem máculas funcionais.
Sérgio Lucas está na segunda entrância e a ficha funcional dele não tem uma advertência sequer. Aos 28 anos, 1994, Sérgio pôs o pé na magistratura de Sergipe - dois anos antes houvera posto na de Alagoas. Mas queria a da sua casa.
Aos 14 anos, levado pelo pai, o militar André Lucas, Sérgio Lucas assistiu anestesiado e de camarote a um show de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, em Ribeirópolis. Isso era 1979 e o fato se constitui num privilégio para poucos.
Depois do show, ainda foi acolhido pelo velho Lua, que lhe abraça durante uma conversa com André Lucas como se estivesse a prever naquele menino o destino de alguém que reproduziria mais tarde o mesmo gênero de sua vasta e reconhecida obra. Ali, naquele idade, Sérgio Lucas já era versado em fazer paródias, talvez semente do compositor que lhe habita hoje.
Mas ao cursar direito pela Universidade Federal de Sergipe e cair na magistratura - pensava antes numa carreira pelo Ministério Público -, Sérgio Lucas deu um pouco de cotovelada na música que jazia em seu interior. Nunca a trouxe à baila com o devido rigor. Postergou-a.
Veio fazer isso somente em 2013, já aos 48 anos, quando grava e lança seu primeiro CD, “Buraqueiro”, e a partir dele estabelece uma relação profissional com o ato de compor, cantar, gravar e fazer shows.
O magistrado cantador admite que por um bom tempo se “autovigiou” nessa mistura entre os rigores da magistratura e a música. “Desde o momento em que retardei o lançamento de minhas músicas, que me recusava a colocar minha voz até os dias de hoje”, diz ele.Mas quando se entregou, Sérgio gostou do resultado - e o leva a sério. Claro que Sérgio alimenta bem mais a magistratura. A propósito disso, faz até um trocadilho bem esportivo, ao estilo do humor lá dele: na música, tem “uma caminhada”. Na magistratura, “uma carreira”.
Mas faz uma concessão atenuante. “Comecei tarde e não pretendo parar, pois na música também me realizo. Só quem conhece o prazer de ouvir uma obra sua no rádio ou na televisão, ou ainda saber que alguém gosta e sabe cantar uma música de sua autoria pode mensurar o quanto é gratificante”, constata ele.
Nesta caminhada, Sérgio Lucas já vai com três CDs e dois EPs gravados. E já conseguiu trazer para o seu centro cantante figuras de proas da música nordestina, com quem divide o canto em seus CDs, como Adelmário Coelho, Flávio José e Alcimar Monteiro.
Isso tudo, pelo inegável afeto que ele nutre pela música. “A música é a primeira entre todas as artes. Individualmente, a música é, para mim, mais que um deleite. É uma válvula de escape que me permite suportar as agruras da vida e, também, da profissão”, diz.
Nesta Entrevista, apesar de não viver materialmente da música, Sérgio Lucas levanta o crachá em favor de mais respeito da parte do poder público aos sergipanos que vivem dela, anuncia deferência solene para com a música feita sem Sergipe, questiona as práticas da sergipanidade e confirma que alimenta o sonho do topo da magistratura, que é o posto de desembargador mais à frente.
“Ultimamente tenho tido a oportunidade de substituir na desembargadoria e tenho aprendido como é julgar em um órgão colegiado. Posso testemunhar que o ritmo de trabalho é extremamente desgastante. Se for da vontade do senhor Deus me distinguir a ponto de integrar a nossa Egrégia Corte de Justiça, que Ele me dê as aptidões necessárias”, diz.
Sérgio Menezes Lucas nasceu em Aracaju no dia 2 de julho de 1965. É filho de André Lucas e Lucien Gomes Menezes Lucas e é casado com a empresária do setor de estética e beleza Karina Angélica Freire Lucas, com quem é pai de Sérgio Roberto Freire Menezes Lucas, 23 anos, um bacharel em direito, e de André Rodrigo Freire Menezes Lucas,21, bacharelando em direito.
Antes, ele é pai da assistente social Maria Beatriz de Oliveira Lucas, 34 anos - que já lhe deu dois netos, Iasmin Vitória Oliveira Lucas, 15 anos, e Iago Gabriel Herzog Lucas, 12.
Sérgio Lucas formou-se em direito em 1990, tem especialização em Direito Civil e Direito Processual Civil, além ter cursado as Escolas Superiores da Magistratura de Alagoas e Sergipe.
Fonte JLPOLÍTiCA

A legalidade ou não da inversão da cláusula penal

Presidência e Corregedoria realizam encontro com a magistratura
